quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nota

"I read the news today oh boy" - A day in life (The Beatles)

Morreu há 30 anos
Morreu no dia 8 de dezembro de 1980
Morreu um dos maiores nomes da música
Morreu, assassinado por um fã
Morreu em Nova York
Morreu na frente de casa
Morreu John Lennon.

Morreu a esperança de algum dia, ver os quatro Beatles juntos novamente.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Luto para o futsal brasileiro

"se lembra quando a gente chegou um dia à acreditar 
que tudo era pra sempre,
 sem saber, que o 'pra sempre', sempre acaba"
 - Por enquanto (Legião Urbana)

"No término de 2010, registra-se o fim de um patrocínio que consagrou a equipe de futsal de Jaraguá, por onde atuaram os melhores craques do mundo." - É assim que está anunciado o fim da parceria entre a Malwee (malhas) com o futsal jaraguaense, no site oficial da Malwee Futsal.  A nota emitida para a imprensa e população jaraguaense hoje, 26 de novembro de 2010, confirma os rumores que há meses rondavam o futsal brasileiro.
Apesar das reivindicações dos torcedores jaraguaenses, passeata, pedidos em rádios, etc., o patrocínio não será renovado, e jogadores como Falcão, Lenísio e Tiago deixarão a cidade. Segundo Marcelo Rodrigues, em seu blog "Toca e Sai", o técnico da Malwee Fernando Ferreti, além de Marcos Moraes, Fred (preparador de goleiros), e João Romano (preparador físico), fechou contrato com o Santos. Outros jogadores, como Leco e Chico, que possuem contrato até 2011 ficam em situação indefinida, esperando um possível novo patrocinador, que pode não existir.
Segundo o Cacá Pavanello, em entrevista feita ontem e publicada no Correio do Povo na edição de hoje, não haverá novo patrocinador para o ano que vem. "Vai ficar como está. Jaraguá do Sul encerrou o ciclo. Tentamos com outras empresas, mas ninguém se mostrou receptivo. Tentamos o projeto do Sesi que está bem encaminhado, mas não adianta a parceria do Sesi se não tem complemento”.

Apesar do pronunciamento de Cacá Pavanello, acredito que é muito cedo para jogar a toalha. Nunca dei muita credibilidade ao trabalho do Cacá, já que sempre acreditei que seu trabalho nunca visou o bem da equipe, mas somente o bem dele próprio.
Muita coisa há de acontecer até o início de 2011. E no mais, vamos prestigiar o último campeonato que a Malwee irá disputar, a Taça Brasil 2010, que tem início essa segunda.


*Para maiores informações quanto a Malwee, siga os links.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O campeão voltou, tomara que seja pra ficar...

"O início, o fim e o meio" - Gita (Raul Seixas)

Uma final de campeonato é feita de vários componentes. Abaixo, textos para cada um desses itens.

Malwee x ACBF (semi-final)
Semi-finais: Antes de toda final, há uma semi-final. Isso é óbvio. Mas, para não deixar essa frase ridícula, como se fosse dita pelo Galvão Bueno, vou explicá-la. As semi-finais da Liga Futsal de 2010, influenciaram a final mais do que o normal, e por isso, a necessidade de elencá-las aqui nesse texto. A Malwee depois de ter derrotado o Joinville, derrotou o Carlos Barbosa, carrasco da final do ano passado,  de forma magistral, dando moral à equipe. O Copagril, que foi a grande surpresa da liga, derrotou o Corinthians, time com o então melhor aproveitamento e fortíssimo candidato ao título, com o gol da classificação há meros 2 segundos para o fim da partida. Fazendo assim com que o segundo jogo da final, fosse disputado em Jaraguá (time com o melhor aproveitamento depois da eliminação do Corinthians). O que foi decisivo para a vitória jaraguaense.

Arena Jaraguá - final 23/11/2010
Torcida: É sempre assim. A cada final que a Malwee chega digo que é impossível de se colocar mais gente dentro da Arena. E a cada final, eles dão um jeito. Não sei mais nem o motivo da placa na entrada da Arena, onde está escrito: "Capacidade máxima: 8 000 lugares". Sem brincadeira, hoje tinha 10 (mil). Pergunte a quem estava lá. Não havia cadeiras vazias, não havia escada sem alguém sentado, não havia corredor sem alguém de pé, não havia parapeito sem alguém apoiado, todos assistindo ao jogo. Foi impressionante. 10 mil torcedores apoiando a Malwee, gritando, fazendo uma das "olas" mais legais que já vi, não têm como não influenciar os times em quadra. Torcida ganha jogo sim!

Os times: A Malwee veio completa e jogando o "fino da bola", determinada a ganhar, mas tudo no seu devido tempo, sem afobação.
O Copagril tinha que no mínimo tentar o empate. Mas sabia das dificuldades e acredito que havia se preparado para a condição de ter de buscar a vitória ainda no tempo normal. E principalmente, veio sabendo que o resultado obtido até aquele momento, já era excelente.

O jogo: Tranquilo por ser uma final, porém não menos emocionante. O jogo começou equilibrado, a Malwee pressionava a saída de bola do Copagril, que na maioria das vezes sedia. Foi o Copagril quem deu o primeiro chute de maior perigo, mas sem eficiência. A Malwee então, passado alguns minutos, começou a pressionar mais e chegar com maior facilidade ao ataque, a tomar conta do jogo, proporcionando lances de perigo. Falcão fez a galera vibrar com uma "lambreta", que há muito tempo não fazia. Valdin tirou o primeiro grande grito de "uuuhhhlll" da torcida ao chutar uma na trave. Foi ele também quem fez o primeiro gol. Depois de um lance polêmico na área, onde ele acabou indo para o chão, a torcida ficou pedindo pênalti, os marcadores pararam por um momento, uma vez que ele estava no chão, e ficaram olhando para o juiz para ver qual seria a sua atitude. O Valdin, esperto, percebendo que o juiz não marcaria nada e aproveitando o curto momento de distração, dos marcadores e do próprio goleiro, chutou sentado, e acabou fazendo o gol, para a surpresa da torcida. Garanto que teve torcedor que nem viu o gol.
O segundo gol da Malwee ocorreu logo cerca de 1 minuto depois. Leco recebeu a bola e no ainda no ar, emendou um chute, que foi travado, fazendo com que a bola ficasse sobrando na área. E meio "aos trancos e barrancos" consegui chutar a bola direto para o fundo da rede. Malwee: dois; Copagril: zero.
No segundo tempo a Malwee começou administrando o resultado. Teve algumas boas chances, com gols perdidos de forma inacreditável, como quando o Falcão isolou a bola na arquibancada superior, ou pelas belas defesas do goleiro deles, nos chutes de Lenísio. O jogo ganhou outra dimensão quando o Copagril colocou o goleiro-linha. Passaram a deter mais tempo de posse de bola e executar jogadas com mais perigo. A Malwee procurou aproveitar a brechas deixadas pro esse sistema de jogo, mas foi em vão. Mesmo quando a bola caiu nos pés de Falcão, o goleiro (linha) deles bloqueou o chute quando ainda estava no meio da quadra.
O jogo foi se encaminhando para o fim. Com o Leco brigando pela bola como sempre, o Chico fortalecendo nossa  defesa e proporcionando alguns lances de perigo no ataque, o Valdin jogando com uma disposição espetacular, o Neto segurando o jogo de forma impressionante e decisiva, Bruno Souza, Jonathan e Índio crescendo cada vez mais no grupo da Malwee e o Tiago sempre fazendo defesas milagrosas.

Resultado final: Malwee dois à zero. Tetra-campeã da Liga Futsal, juntando-se a Carlos Barbosa e a  extinta Ulbra em números de títulos dessa competição.

A situação extra-jogo: A Malwee vive nesse ano de 2010 o período mais dramático de sua existência. Boatos de que o time irá fechar as portas correm desde a metade do ano. E, infelizmente, aqueles boatos que   falei quase que jurando, à alguns amigos meus, que eram apenas falatórios com o objetivo de desmotivar o time, ganharam tom de verdade. Tiago já havia anunciado sua saída, jogará no futsal russo ano que vem. Lenísio que fechou contrato com o Petrópolis, de Vander Carioca. E o Falcão? Enquanto a imprensa local anuncia que a possível saída de Falcão não está confirmada, a imprensa Rio/São Paulo já anuncia que a o acerto dele com o Santos está a um pequeno passo. E foram os gritos para esses jogadores que ecoaram na Arena no final do jogo. Entre os gritos de "tetra-campeã", e "o campeão voltou", ouviu-se "fica Tiago", "fica Lenísio", "fica Falcão" e principalmente "fica Malwee".
Cartazes foram espalhados pela Arena, com o pedido de que se continue com o projeto da Malwee Futsal, que fez com que Jaraguá se tornasse conhecida nacionalmente. A resposta dos dirigentes será anunciada ainda essa semana, segundo os meios de comunicação. Apesar disso, o discurso de muitos jogadores já é de despedida.

A comemoração: O ato de erguer o troféu é o que concretiza o título. É quando a festa maior é feita. E que festa aconteceu hoje. Quero ressaltar principalmente o que a torcida fez, ao ovacionar o vice-campeão Copagril, que merecidamente ganhou o vice. E é claro, a festa feita pela mesma ao time campeão, a Malwee. Foi emocionante de se ver.



*texto escrito dia 23/11/2010
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Para finalizar: Espero que este não tenha sido o último título da Malwee da Liga Futsal. Que esta bela história que vem sido construída ao longo dos anos não se acabe. Que Wander Weege e os empresários da Malwee malhas reconsiderem, e continuem a dar suporte a esse sonho que é a Malwee Futsal. Que possamos comemorar muitos títulos ainda. E sim, time como esse não vai mais existir, mas que ainda existam muitos outros aqui em Jaraguá.

Malwee Futsal, o sonho não pode acabar!



Outros textos sobre a Malwee:

domingo, 21 de novembro de 2010

Assistir ao show em casa...

"money can't buy me love" - Can't Buy me Love (The Beatles)

Hoje, daqui a pouco, irá começar o segundo show de Paul MacCartney, da turnê "Up and Coming", aqui no Brasil. E eu, estarei sentado em frente a TV, assistindo ao espetáculo de um dos maiores nomes do rock. Eu, que propus quase tudo aos meus pais para poder assistir ao show ao vivo, lá no estádio do Morumbi. Eu, fã desde criancinha dos Beatles, e que hoje é, e acredito que sempre será, minha banda favorita. Eu que tenho que conviver com o fato de não poder assistir a um show ao vivo dos "fab four". E eu e muitos outros que viram ir para o espaço, com o esgotamento dos ingressos em menos de 24 horas, a oportunidade de assistir ao show de Paul McCartney no Brasil, e agora nos contentaremos em assistir na Glogo.
Ah se eu tivesse 18... estaria lá agora...

Mas como a esperança é a última que morre, acredito que algum dia ainda terei essa oportunidade.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Patriotismo

"estamos indo de volta pra casa..." - Por enquanto (Legião Urbana )

Jaraguá do Sul sediou, nesse feriadão de 15 Novembro, o 22º encontro dos Veteranos da FEB, a Força Expedicionária  Brasileira. O evento que teve início ainda na sexta, dia 12, com a chegada dos Pracinhas à Jaraguá, contou com homenagens, palestras, exposição das viaturas utilizadas na Segunda Guerra (e viaturas atuais), jantares, além de um desfile pela Av. Getúlio Vargas, com os ex-combatentes e outros oficiais do exército. O encontro (que ocorreu até a tarde deste domingo, dia 15) reuniu cerca de 70 ex-combatentes, de todas as regiões do país além dos pracinhas de Jaraguá, e trouxe uma sensação de patriotismo à cidade. É muito engrandecedor receber tal evento, e falo isso como cidadão. Ter aqui na cidade aqueles que lutaram por nosso país, é algo que me enche de orgulho.
Infelizmente, não pude prestigiar a homenagem feita no teatro da SCAR, entre outras partes do evento, a não ser pela exposição de viaturas  e do desfile. Mas nessas poucas horas que consegui prestigiar o evento, pude notar a emoção desses grandes homens que serviram o Brasil em batalhas na Itália durante os anos de 1944 e 1945. Enquanto passava pelo Museu da Paz, na antiga estação ferroviária de Jaraguá, pude perceber o entusiasmo e a simpatia desse senhores, que respondiam, sem se queixar, as perguntas das mais diversas pessoas, independentemente se eram funcionários do museu, crianças que os entrevistavam para algum trabalho de escola ou pessoas comuns que queriam conhecer um pouco mais de suas fascinante memórias.
Durante o desfile, a alegria tomou conta dos expedicionários. Mesmo com alguma dificuldade de subir nos caminhões, mantiveram o sorriso, e ficaram abanando para o público.
São nessas horas em que a sensação de nacionalismo acontece. É vendo esses homens em que sentimos o verdadeiro patriotismo, e não aquele passageiro de época de Copa do Mundo. É aí que tenho orgulho de dizer: "Sou Brasileiro!". E é nessa hora em que povo e governantes (com exceção da figura maior de Jaraguá do Sul, a prefeita Cecília Konell, que não se fez presente em evento de tamanha importância e nem justificou sua ausência) se reúnem para prestigiar a nossa história e nosso país.
E para isso é esse post. Para ressaltar a importância de prestigiar tais eventos, de prestigiar a história que se apresenta viva. De dar importância àqueles que deram sangue por nós, de glorificar nosso Brasil!

Aos veteranos da FEB, meu sincero muito obrigado!




Veteranos da FEB durante desfile, na Av. Getúlio Vargas, 15/11/2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Máfia Italiana

"Um dia me disseram; Quem eram os donos da situação" - Somos Quem Podemos Ser (Engenheiros do Hawaii)


"Uma vez ouvi que a história se repete. Que ela anda como uma roda. Para frente, sempre. Porém rodando sobre o próprio eixo. Essa semana vi que isso era certo."


Essa semana tem sido agitada no mundo do esporte. Convocação da Seleção Brasileira de Mano (para mais um amistoso sem finalidade alguma a não ser ganhar dinheiro), Brasil ênea campeão de Liga Mundial de Vôlei, contratações por parte do Flamengo, contratações por parte do Fluminense, reportagens e conversas com Zico sobre o Caso (agora já uma novela) Bruno, jogos decisivos pela Libertadores e pela Copa do Brasil (isso daqui a pouco) e por aí vai. Agora, um dos fatos de maior relevância não só no cenário esportivo nacional, mas como também no mundial, foi a ultrapassagem de Fernando Alonso em Felipe Massa na Fórmula 1.
Para muito brasileiro isso nada mais foi do que uma reprise de uma cena de alguns anos atrás. De 2002 para ser mais exato. Para aqueles não acompanham muito a Fórmula 1 ou esta semana passou longe de qualquer jornal esportivo, o resumo do que aconteceu neste domingo.
Era 25 de julho de 2010, GP da Alemanha. Felipe Massa, piloto brasileiro da Ferrari liderava a prova. Logo atrás vinha o espanhol Fernando Alonso, também da Ferrari e com chances mais claras de título do que Felipe. Alonso vinha mais rápido e isso é fato. É desnecessário falar que a vitória seria de muita ajuda a Fernando Alonso. Apesar de mais rápido, era pouco provável que Alonso conseguisse passar Felipe. Isso porque chegar é uma coisa e ultrapassar algo completamente diferente e mais complicado. Os engenheiros, estrategistas, chefes (chame do que quiseres) da Ferrari perceberam isso (e como não perceberiam?). O que fizeram? Mandaram Felipe Massa diminuir e dar passagem a seu companheiro de equipe Fernando Alonso, garantindo praticamente a vitória do mesmo. E o que Felipe fez? Obedeceu. Assim, o espanhol Fernando Alonso ultrapassou o brasileiro Felipe Massa na 49ª volta, terminando em primeiro lugar e Felipe amargando o segundo lugar mais alto (nesse caso mais baixo) do pódio.
Foi o necessário para deixar os brasileiros, fanáticos por Fórmula 1 (que apesar de que não com a mesma intensidade do futebol), loucos de raiva. Os xingamentos país a fora devem ter sido dos mais elaborados. E tudo isso devido a uma imensa sacanagem e falta de esportividade da Ferrari e por trazer uma lembrança muito desagradável a todos. Essa não é a primeira vez que a Ferrari apronta pra cima dos brasileiros. Em 2002 a mesma história aconteceu com o brasileiro Rubens Barrichello, o Rubinho.
O ano era o de 2002 (como já dito acima), o GP era da Áustria. Milagrosamente Rubens Barrichello havia liderado todos os treinos da semana e liderava a corrida também. O Alemão (Michael Schumacher) não havia conseguido ultrapassar Rubinho, disputava o título e o segundo lugar é claro que não era a posição esperada (nem por ele e nem pelos chefes de equipe). O que aconteceu? Mandaram o Rubinho parar e deixar o Schumacher passar. Rubinho que havia sido absoluto a corrida inteira obedeceu a ordem e diminuiu. A indignação dos brasileiros foi total. A de Rubinho também. E para mostrar ao mundo o que estava acontecendo, deixou o momento da ultrapassagem para a última volta, na reta final. Para que assim não houvesse dúvidas de que o resultado havia sido alterado por mando da Ferrari.
Depois disso a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) criou uma regra proibindo a que as equipes interferissem nos resultados das corridas. Mas, como se foi visto no último domingo,a regra não impediu que a mesma situação se repetisse. Oito anos depois a Ferrari faz o mesmo jogo sujo. Dessa vez é claro, foi multada em 100 mil dólares e haverá um julgamento no dia 10 de setembro, para julgar se as posições finais do GP serão validadas ou não. E só para gerar mais polêmica, há pressão dentro da própria FIA para que as equipes possam voltar a dar ordens aos pilotos durante as corridas. Coincidentemente, essa ideia é apoiada por Schumacher (que se beneficiou do poder que as equipes tinham) e é defendida pelo vice-presidente da FIA, o espanhol e presidente da Federação Espanhola de Automobilismo, Carlos Garcia.
Agora, alguns podem estar se perguntando: Se a "manobra" era de caráter ilegal, por que o Felipe concordou em executá-la?

Segunda-feira estava assistindo o Bem Amigos! (programa esportivo do Sportv) e o primeiro bloco foi voltado somente à discussão desse caso polêmico da Fórmula 1. O que não faltou foi críticas ao Felipe Massa por ter obedecido a tal ordem. Diziam alguns comentaristas que o Massa devia ter é acelerado, continuado a corrida, e dito que se alguém quer ser campeão, que seja na pista! - Um belo pensamento utópico, idealista, de um brasileiro que fala com o coração indignado. Acontece que não é bem assim.
A Fórmula 1 é um esporte milionário, investimentos cada vez mais altos são realizados em tecnologia e escambal. E o que se espera em troca? Além de um alto nível de publicidade, títulos. Títulos e mais títulos. Coisa que as equipes grandes como Ferrari e McLaren ficaram longe de ganhar ano passado. O que acontece então? Querem ganhar esse ano. Se o Massa não tivesse desacelerado, o Alonso não venceria a corrida e começaria a ficar muito atrás na tabela. Ou seja: A principal chance de título da Ferarri começaria a se esvair. Os chefes de equipe ficariam pra lá de fulos com a atitude de Felipe e se quisessem o colocariam para fora. (Mesma situação pela qual Massa passou em 2002, dessa vez na Sauber). Daí os comentaristas tiveram a genialidade de dizer que mesmo fora da Ferrari, "Felipe não passaria fome. Conseguiria vaga sem muito esforço em outra equipe". Até aí tudo bem. Mas então eu pergunto: Qual equipe? - Muito dificilmente seria em uma equipe ao nível da Ferrari, que está na disputa por títulos todos os anos.
Concordo com o Noronha quando ele diz que o Felipe fez bem em seguir a ordem. Apesar de dizer que não era obrigado a ceder a posição e que fez isso pelo bem da equipe, nada impede e ninguém garante que caso ele não tomasse tal atitude, ele poderia ter sido demitido. Foi falta de esportividade por parte da Ferrari? Foi. Sem dúvida nenhuma. Não há motivos para a Ferrari tomar partido de algum piloto. Senna tinha como maior adversário Alain Prost, seu companheiro de equipe na McLaren. Os dois eram excelentes pilotos e sempre corriam nas duas primeiras colocações. A McLaren sempre se mostrou imparcial quanto a isso. E nem por isso deixou de ganhar títulos, muito pelo contrário. Isso sem citar o espetáculo que eram as  corridas.
Volto a dizer que o Massa pensou grande. Visou o seu futuro. Pode ter perdido essa corrida. Mas manteve a chance de ganhar tantas outras. E se deixando o Alonso passar, o Felipe confirmou que seria o segundo piloto da Ferarri, tudo bem. Desde quando segundo piloto não ganha corrida?

Também não posso deixar de citar a cara de pau de Fernando Alonso. Talvez hoje o maior Dick Vigarista da F1. Dizer que não sabia o que estava acontecendo com o Felipe e que pensou ser um problema de câmbio? Tenha santa paciência. Ninguém aqui é ignorante!

O que nos resta agora, é esperar que a FIA julgue o caso corretamente e retire os pontos de Alonso e Ferrari. E que tamanha trapaça não ocorra novamente.


Cena da ultrapassagem


terça-feira, 20 de julho de 2010

Um vídeo, uma opinião.

"Que você come, bebe, fuma, compra, veste, usa?" - Cuidado (Barão Vermelho)


Não sei como começar esse post, mas já vou avisando que vou postar sobre um assunto um tanto quanto polêmico, os Cigarros.
Para falar sobre isso, encontrei um vídeo na internet que expressa em parte minha opinião sobre o assunto. (Na verdade, foi depois de assistir esse vídeo que pensei em escrever algo sobre o assunto). Em minha humilde opinião, considero o vídeo a melhor propaganda já feita sobre o assunto, direcionada para os jovens. Já vou adiantando que o vídeo não vai ser do agrado (ao menos, eu acho) de pessoas que se incomodam de ouvir palavrões e afins. Mas, para mim, é isso que o faz com que o vídeo se torne atrativo de certa forma e não aquela coisa monótona e sem graça de muitas propagandas contra o tabagismo.
Quero dizer também e ressaltar que: Não considero ninguém idiota ou qualquer coisa do gênero por fumar. Não é pelo fato de alguém fumar que deixo de manter relações com pessoal devido a esse hábito. Afinal, não sou pai de marmanjo nenhum. Apenas considero esse costume lamentável e achei esse vídeo uma forma interessante e diferente de mostrar minha opinião e de incentivar os leitores desse blog (apesar de poucos) a não adquirir tal hábito. E no mais, ninguém precisa concordar comigo, ou discordar. Podem até me tentar convencer do contrário, por que não? Como já dizia Raul: "Eu quero dizer; Agora o oposto do que eu disse antes; Eu prefiro ser; Essa metamorfose ambulante; Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."  Somente o que peço é que respeitem minha opinião.



 

sexta-feira, 2 de julho de 2010

De novo nas quartas.

"Não sei por que eu fui dizer bye bye" - A dois passos do paraíso (Blitz)

Cara, as copas costumavam ser mais legais até 2002, quando o Brasil sempre chegava na final. Sentia muito orgulho em falar que desde que eu nasci (1994) o Brasil esteve em todas as finais, ganhando 2 das 3 disputadas. Doce ilusão. Daí chega 2006, e tchau copa, logo nas quartas. E agora, em 2010, mesma história. Tchau copa, nas quartas.
Bem que eu falei que o Brasil não ia passar das quartas. Não só eu, mas como a grande maioria da população torcedora brasileira não acreditava no título do Brasil esse ano. Aquela velha história de que não tínhamos elenco bom o suficiente, de que não ganharíamos essa pra ganhar a copa de 2014 no Brasil, e por aí vai. Mas todas essas previsões cheias de razão, dados técnicos e escambal, de nada valem e são esquecidos quando a seleção entra em campo. Quando a seleção entra em campo é outra história. Vestimos a camisa, e fodam-se as previsões e estatísticas. Somos tomados pela emoção e esperança. Gritamos a cada gol, a cada lance. E dessa emoção, vem tamanha decepção quando perdemos, mesmo "já sabendo" que isso iria acontecer. Porque na verdade, o que queríamos, era queimar a língua (não literalmente é claro). Queríamos gritar "é hexa!" ainda esse ano. Afinal, no futebol, valor nenhum tem as estatísticas.
O jogo, começou com o Brasil no ataque, pressionando, fazendo dois gols até os dez minutos, um deles, anulado. Deu a impressão de que o jogo seria nosso. E foi, no primeiro tempo. Já no segundo, o Brasil desapareceu. Provavelmente, podemos contar nos dedos as vezes que ouvimos o nome do Robinho e do Luís Fabiano no segundo período. E o Dunga, o que fez quanto a isso? Nada. Nem quando o Brasil tomou o gol de empate ele mexeu no time. E quando o Brasil tomou a virada? Nada. Só depois de preciosos minutos ele faz a substituição. E o Felipe Melo? Ele e seu futebol arte: Arte-marcial (como disse o Gabriel, meu amigo). Depois de um belo passe para o gol de Robinho (isso no primeiro tempo), ele começa com aquela mania de bater até na própria sombra. Resultado: expulso. Piorando a situação do Brasil de voltar à frente do placar.
Talvez seja errado culpar o Dunga, talvez isso seja algo meio medíocre. Simplesmente jogar a culpa no técnico. Mas acontece que ele é o único que tem o poder de alterar o jeito de jogar do time em campo. E ele nada fez para que mudasse. Até fez. Só que tarde.
Agora, o sonho do Hexa fica pra 2014, dessa vez no Brasil, e ganhar essa copa será mais do que uma obrigação. E que não venhamos a perder nas quartas, nem na semi e nem na final como em 1950. Que venhamos a ficar a dois passos do paraíso, a dois passos do Hexa.
E que as benditas "vuvuzelas", ou as tradicionais cornetas, e buzinas não sejam tão utilizadas em 2014 como estão sendo utilizadas esse ano. Ouvir pela TV, até vai. Agora, no shopping, com umas 100 juntas, não dá. Até é legal ir ao shopping assistir jogo com a galera, comemorar os gols juntos, com os amigos, coisa e tal. Mas as benditas vuvuzelas e buzinas dão uma baita dor de cabeça.


                  

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Inutilidades (úteis) do dia-a-dia.

"A gente não sabemos tomar conta da gente" - Inútil (Ultraje A Rigor)


De vez em quando paro e me pergunto a razão de certas coisas. Nada muito filosófico, longe disso. Somente me refiro a certas que temos de fazer e no meu caso, aprender.
Acordo cedo, venho para a escola, vejo quadros e mais quadros de informações. Anoto linhas e mais linhas dos assuntos passados pelos professores. Chego em casa, almoço, assisto Friends, descanso um pouco e então, tenho páginas e mais páginas de exercícios para fazer, textos e mais textos para escrever. Até aí tudo bem. Sou estudante e é isso que deve acontecer. O que muitas vezes me deixa indignado, por assim dizer, é que muito disso, do que aprendo ou não aprendo, mas vejo na aula, nunca será usado por mim. São informações e mais informações que só irei usar se me profissionalizar na área. Discorda?
Então se pergunte onde você usa o balanceamento químico das massas atômicas em seu dia-a-dia? (É bem provável que você nem saiba o que isso é). E esse não é o único exemplo. Ainda não me disseram, nem descobri, onde aplico as funções logarítmicas, soma dos ângulos da co-tangente com os de seno, ou todos aqueles cálculos físicos de aceleração da gravidade, força de atrito entre tantos outros. Além de nomenclaturas, muitas vezes em latim, de células e partículas de células do nosso corpo e do corpo de insetos, bactérias e assim por diante. Sim! Tudo isso aí tem uma explicação, eu sei! Só que não em nosso dia-a-dia.
Esses assuntos, não são como andar de bicicleta, algo que se aprende e não se esquece mais. Necessitam de prática! E se não há prática, para que aprender todas essas inutilidades? Deveríamos aprender esses assuntos de uma forma mais superficial, só para que haja uma base e para que o aluno descubra se ele tem vocação para isso ou não. E não estou inventando tudo isso. Certa vez, li na revista Veja, a opinião de um professor sobre certas questões do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Ele coloca que certas questões (de química) só serão  realmente usadas pelos alunos caso eles venham a trabalhar com isso.
Talvez daí, é que vem a falta de motivação de certos alunos na sala de aula. Vendo que não gostam do que estudam e que nunca irão usufruir desse conhecimento mais tarde, deixam de prestar atenção e se empenhar nessas disciplinas ou assuntos. Errado? Claro. Como estudantes, temos o dever de estudarmos e nos empenharmos em todos os assuntos. Porém, facilitaria se tivéssemos a oportunidade de escolher nossa grade curricular.
É o que acontece na Nova Zelândia. Lá, no outro lado do mundo, os alunos do Ensino Médio escolhem as disciplinas que irão cursar. Assim os alunos podem escolher as disciplinas com as quais tem mais afinidade, estudando somente o básico das outras. Consequentemente o desempenho desses alunos aumentaria. Sem mencionar o fato de já ter uma noção maior de escolha para um curso superior.
Talvez, essa mudança no sistema educacional brasileiro seja uma loucura, já que os índices de educação no Brasil vêm melhorando (ainda que lentamente). Já que muitos estudantes (e talvez a maioria) não prestam atenção nas aulas e nem se empenham por que são preguiçosos. Talvez, a loucura maior seja dar tamanho poder de escolha para os "adolescentes irresponsáveis" e para aqueles que ainda não fazem ideia do que querem da vida. Talvez seja isso.
Só digo e escrevo esse texto porque estou cansado de ter que estudar certas inutilidades, que são úteis segundo muitos. E no mais, fazer o quê? Continuar estudando coisas que nunca mais vou ver na vida, mesmo que não concorde com elas.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

1,2,3,4... ....11!

"Me dê de presente o teu bis" - Pro dia Nascer Feliz (Barão Vermelho)

"Um resultado inesperado. Um jogo fácil com um time que até então, acreditava que iria chegar às finais. Um show em quadra. Desde o Tiago fazendo defesas milagrosas mesmo que sem necessidade, passando pelo Falcão que jogou como há muito não jogava, até os garotos que jogaram muita bola! A Malwee que até as 20:15 de hoje vinha deixando certa insegurança aos torcedores, mostrou que está disposta a ganhar, a jogar sério e dar muita alegria aos jaraguaenses."

11! Esse foi o número de gols que a Malwee aplicou contra a Cortiana pela 5ª rodada da Liga Futsal, essa noite (27/04) na Arena. O placar foi de 11 a 2 para a Malwee, mas é claro que esses dois gols não ofuscam em nada a excelente atuação da Malwee em quadra.
Um bom público compareceu à Arena Jaraguá, nessa noite de lua cheia (lua essa que enfim pôde ser vista depois de muitos dias chuva) para assistir um jogo que pelo seu histórico deveria trazer certas dificuldades. A Malwee vinha de dois empates seguidos, o que havia resultado um nem tão ruim, porém amargo, quarto lugar na tabela de classificação. O primeiro empate, foi em casa contra o Zaeli (o que coloca o "amargo" no quarto lugar) por 2x2, e o segundo foi contra o "adversário a ser batido" Carlos Barbosa, lá na serra gaúcha. Esse já um bom resultado, só que 2 pontos perdidos em cada partida somam 4. E quatro pontos perdidos de 6 disputados não é uma boa coisa. Enfim, a vitória era necessária, para colocar o time de volta nos eixos. E ela aconteceu. Só que o jogo que era pra ser difícil, por ser tratar de um adversário como a Cortiana que sempre se classificava para fases finais, foi fácil. No começo aparentou que seria um jogo que faria jus a sua história. Mas isso, só no começo. Porque no resto, foi muito fácil.
O primeiro gol aconteceu logo aos 30 segundos de jogo. 1x0 Malwee. Quase que nem vi o gol. Estava prestando atenção no placar que não estava funcionando. Falcão abriu o placar. Nos minutos seguintes, o time da Cortiana cresceu, ou pelo menos, jogou. Faltando 16 minutos e alguns segundo para o fim do primeiro tempo (ou seja, uns 3 minutos e pouco de jogo), a Cortiana empatou, depois de uma falha na defesa. Porém, cerca de dois minutos depois, Falcão empata. Só que, o mérito desse gol vai todo pro Chico, que fez uma jogada digna de craque 5 estrelas, deixando o adversário perdido em quadra. O Falcão só empurrou pra dentro (com um belo chute é verdade). Depois disso, só deu Malwee. A nossa defesa que estava meio perdida se ajeitou, e então não houve nada que o fraco time da Cortiana pudesse fazer. O goleiro Danilo, que podia ser um jogador para motivar o time, ser a base de um time com pouca habilidade (tirando os vovôs Índio e Goda, que devido à idade nenhum mal fizeram à Malwee) não estava numa noite inspirada. Depois de tentar agarrar um chute lá de longe, próximo ao círculo central, do Falcão, ele acabou soltando a bola nos pés do Jonathan (o intocável, como já escrevi neste blog), que marcou seu primeiro gol pela Malwee (ao menos na Arena). Depois desse frango foi substituído, faltando uns 10 minutos para o fim da primeira etapa.
Falando em goleiro, não posso deixar de ressaltar a brilhante atuação do Tiago. Das poucas vezes que a Cortiana chegou com perigo, ele foi excepcional. Fez defesas inacreditáveis, dignas do melhor goleiro do mundo, que foram aplaudidas e comemoradas como se fosse um gol. Numa delas, defendeu um chute cara a cara com o atacante, tirou o rebote do pé do atacante, que estava prestes a chutar. Infelizmente acabou se contundindo em outro lance no segundo tempo, e ficará de fora do próximo jogo. Não se sabe a gravidade da contusão, mas é sempre uma preocupação.
Outro destaque do jogo foi o Falcão. Havia tempo que não via ele correr tanto, se dedicar do jeito que se dedicou e fazer jogadas de efeito produtivas. A Malwee hoje deu um show completo.
Já a Cortiana, depois de muito esforço, voltou a marcar faltando cerca de 8 minutos para o fim do jogo. Gol esse comemorado por parte da torcida da Malwee, em gozação e talvez em alívio depois de assistir tantas tentativas frustradas. Não que o jogo tenha sido difícil, não. Reforço que foi fácil, só não foi monótono. Depois disso, a Malwee marcou mais duas vezes, chegando ao expressivo número 11. O que foi alegria para os jaraguaenses.
No mais, a Malwee tirou qualquer dúvida da cabeça do torcedor e mostrou que é capaz de jogar bem, e principalmente de se classificar com facilidade (o que não aconteceu ano passado). Mesmo que hoje tenha enfrentado um time de baixa qualidade como a Cortiana, que acredito que nem para a segunda fase vai. A Cortiana perdeu jogadores importantes da última temporada para essa, como Valdin (que hoje não jogou) e Xoxo, e não se reforçou.
Para a história, ficam os expressivos 11 gols da Malwee e a maior goleada que a equipe da Cortiana já sofreu (até agora).



domingo, 25 de abril de 2010

A música e suas funções

"Uma canção me veio sem querer" - Uma canção é pra isso  (Skank)

Como alguns de vocês leitores deste blog já devem ter percebido, inicio todos os meus textos aqui com algum verso de uma música. Isso porque acredito que podemos comparar cada momento de nossas vidas a uma música.
Muitos comparam os momentos da vida com um livro, um filme ou, quem sabe, um capítulo de uma novela. Já eu, prefiro as músicas. Acredito que elas trazem mais ensinamentos do que muitas frases de célebres pensadores, estudiosos, etc. Mas quando me refiro à música, tem que ser música mesmo. Nada daquelas baixarias (para não usar outra palavra de baixo calão) dos funks cariocas e dos indecifráveis raps estadunidenses. Respeito quem goste deste tipo de "música", afinal gosto não se discute, só não considero isso música. O por quê? Uma explicação:
Acredito que ao ouvirmos ou cantarmos uma música, seja ela qual for, de alguma forma, acreditamos nela. Ou seja: acreditamos na mensagem que ela transmite. Seja essa mensagem profunda, ou simplesmente algo divertido. Por isso que não ouço (muito menos canto) os benditos funksraps (além dos incessantes tambores e apitos da música eletrônica). As "mensagens" contidas nesses tipos de músicas extrapolam qualquer conceito de divertido e chegam ao conceito de algo grosseiro, sem escrúpulos.
Hoje, ouvir alguma música é meu passatempo favorito. Não fico mais no computador sem estar com o Winamp aberto, tocando algo (até mesmo agora enquanto escrevo este texto). Lavar louça então, sem ouvir os meus CDs? Um sacrifício. Mas, mais do que um passatempo, música é arte. Ela retrata a sociedade, a vida, qualquer coisa. O quanto podemos aprender sobre as décadas passadas se pararmos para ouvir as músicas respectivas à esse tempo? Da música romântica, passando pela música revolucionária e chegando a música que está lá para contar uma história (talvez sem pé nem cabeça), só para divertir. Sempre é uma forma de aprendizado, ao mesmo tempo, uma forma de arte e diversão.
Então, qual é ou quais são as funções da música? Várias. Infinitas, talvez. Abaixo, a letra de uma música do Skank, falando sobre a música (canção).

Uma canção é pra isso - SKANK

Uma canção é pra acender o Sol

No coração da pessoa
Pra fazer brilhar como um farol
O som depois que ressoa


Uma canção é pra trazer calor
Deixar a vida mais quente
Pra puxar o fio da paixão
No labirinto da gente


Pra consertar
Pra defender a cidadela
Pra celebrar
Pra reunir bairro e favela


Uma canção me veio sem querer
Naquela hora difícil
Joguei-a logo nesse iê iê iê
Por profissão ou por vício


Pra clarear a escuridão
Que o mundo encerra
Pra balançar
Pra reunir o céu e a terra


Uma canção é pra fazer o Sol
Nascer de novo
Pra cantar o que nos encantou
Na companhia do povo


Pra consertar
Pra defender a cidadela
Pra celebrar
Pra reunir bairro e favela


Uma canção é pra acender o Sol
No coração da pessoa
Pra fazer brilhar como um farol
O som depois que ressoa


Pra clarear a escuridão
Que o mundo encerra
Pra balançar
Pra reunir o céu e a terra

quinta-feira, 25 de março de 2010

FRIENDS - "Cause friendship never ends"

"Cause you're there for me too..." - I'll be there for you (The Rembrandts)


"How you doin'?" - Qual fã nunca se imaginou perguntando isso? Com certeza uma das frases mais lembradas por todos fãs de FRIENDS, sempre usada por Joey Tribbiani.
Hoje, Friends se tornou minha forma de diversão favorita. É o momento do dia em qual eu mais me divirto e mais dou risada. Espero ansiosamente para que comece, e o horário das 13 as 14 é sagrado, se possível nenhum compromisso durante essa uma hora. Friends, hoje, também está entre as minhas séries favoritas: Chaves, Simpsons, Friends, etc. (não necessariamente nessa ordem, já que entre essas, não há favorita).
Comecei a assistir Friends nas férias, quando não tinha nada para fazer. Foi ocasional. Estava passando de canal em canal, quando passo pelo canal 47 da Net, (Warner Channel) e me deparo com Friends. Já havia assistido Friends antes. Uma vez na aula de inglês, outra quando estava esperando outro programa começar e peguei os minutos finais de programa, mas nunca havia me interessado, apesar das extensas recomendações. Como há pouco tempo atrás, na aula de inglês havia assistido (e dei algumas risadas naquela ocasião), decidi assistir, e então, não parei mais. Fui na internet, procurei o horário do programa no site da Warner. No dia seguinte lá estava eu, sentado (deitado para ser mais sincero) no sofá, assistindo.
Friends tem uma história interessante, divertida, engraçada, emocionante, que realmente te prende à série. Faz com que você fique querendo saber o que vai acontecer (ao menos comigo é assim). É como se fosse uma novela. Mas sem aquela inocência estúpida e idiota do mocinho e da mocinha. Com Friends não se passa raiva assistindo, mas sim se diverte, dá risadas.
O programa se baseia na vida dos seis integrantes principais, Ross (David Schwimmer), Rachel (Jennifer Aniston), Chandler (Matthew Perry), Monica (Courteney Cox Arquette), Phoebe (Lisa Kudrow) e Joey (Matt LeBlanc), e trata dos mais variados temas presente no cotidiano das pessoas: amizade, amor, empregos, sexo e os mais variados dilemas da vida. Tudo isso de uma maneira divertida e engraçada. O sexteto de amigos de Manhattan aparece no topo da lista de melhor série da última década, e, entre os 10 melhores de todos os tempos. O último episódio da série (2004) foi assistido por cerca de 51 milhões e 100 mil telespectadores somente nos Estados Unidos.
Com toda certeza a série dos seis inseparáveis amigos do Central Perk (ponto de encontro deles na série) deixou muitas saudades, seja entre os fãs ou entre os próprios atores, que se emocionaram muito nas filmagens do último episódio. Mas como a "amizade nunca termina*" (título deste post), ano que vem eles estão de volta! Sim! Só que dessa vez, na telona. Sim! Um filme, com os todos os seis juntos de novo! - Ao menos era isso que anunciavam os jornais. Mas, não é isso que a Warner diz.
Há algumas semanas, dei um "Google" na palavra Friends, para conhecer algumas curiosidades sobre a série. E acontece que acabo por descobrir bem mais do que simples curiosidades. Descubro que um filme dos seis amigos de Nova York está sendo desenvolvido ou planejado (como preferirem). A notícia me anima. E acredito que animou todos os outros fãs de Friends. Um filme traria a possibilidade de rever Rachel, Ross, Monica, Chandler, Phoebe e Joey, em uma história inédita, que provavelmente mostraria sua vida agora, seis anos depois do último episódio.
Procuro a mesma informação em outro site. Entro no site do Estadão (jornal de Sampa se não me engano) que é mais confiável. Notícia confirmada. O ator James Michael Tyler, que representava o gerente do Central Perk, Gunther, confirma o filme. Diz que tem mantido contato com alguns do atores e eles estavam animados com a ideia. Além de que os produtores originais da série seriam responsáveis pelo filme também.
Tudo perfeito. Meu desejo de poder assistir um episódio inédito de Friends, atual, ou melhor ainda, um filme, se torna realidade. Minha empolgação é total. Decido escrever um post aqui no blog sobre o filme. Há tempo já vinha pensando em escrever sobre Friends. Mas depois da notícia sobre o filme, o pensamento vira algo concreto.
Quando começo a escrever o então último parágrafo desse mesmo post, dou um "Google" na palavra Friends novamente, para confirmar alguns nomes e datas. Porém, ao invés de achar a mesma informação anterior, encontro a última coisa que queria encontrar naquele momento. Uns dos primeiros sites já confirmava - "Era tudo Mentira". A Warner desmente o boato de que um filme da série está sendo planejado. Os agentes de alguns atores também disseram que nenhum de seus clientes havia ou estavam negociando um filme para a série. Depois de terminar a leitura do artigo do Estadão, fico decepcionado. Não será em 2011 que verei Friends no cinema.
Mas ainda não perdi a esperança. Acredito que ainda sairá um filme com os seis amigos reunidos novamente, assim como aconteceu com "Sex and the City". E então poderei escrever novamente a frase: "Cause friendship never ends" (porque a amizade nunca termina).


E viva o sensacionalismo britânico!

"when the world has brought you down to your knees" - I'll be there for you (The Rembrandts)


(continuação do post acima)

Daily Mail é o nome do jornal que anunciou a volta dos seis amigos de Manhattan - só que dessa vez pra telona. E qual o país onde o  jornal é publicado? - Inglaterra, e só podia ser. Não é do hoje que os jornais ingleses, não todos, mas sua grande maioria, têm fama de sensacionalistas. E, essa fama só ficou maior depois do anúncio do filme de Friends.
Segundo o jornal Estadão, o Daily Mail da Inglaterra anunciou a volta de Friends, garantindo a presença dos seis atores principais, além dos produtores do seriado. E o que aconteceu? - Semanas após a notícia foi desmentido pela Warner, que negou qualquer proposta de filme para o seriado que teve seu fim em 2004. Ou seja, apenas outra notícia sensacionalista. Talvez, realmente houvesse e pode ser que há a intenção de fazer um filme de um dos seriados de maior sucesso de todos os tempos. Estímulos para que isso aconteça são o que não faltam. Sex and the City, seriado norteamericano ganhou uma versão para o cinema ano passado (se não me engano) teve resultados muito bons. Sem nos números que Friends tem por si próprio, como a marca de aproximadamente 52 milhões de espectadores no último episódio. Segundo programa com maior audiência daquele ano, perdendo somente para o Super bowl* (praticamente impossível de ser batido).
Acontece que, o jornal (Daily Mail), como todo jornal que se preze, devia ter posto que isso era apenas uma possibilidade, e não ter dado ênfase sobre a confirmação dos atores e tudo mais. Deu no que deu. Sites e blogs publicando a confirmação do filme, fãs e fãs entusiasmados. E depois, sites e blogs desmentindo o que haviam publicado, fãs e fãs decepcionados, incluindo eu.
Mas fica a esperança que um dia o filme seja realmente feito (como já disse no post acima) e a lição de que quando se trata de um jornal britânico, deve-se tomar cuidado ao acreditar no que está escrito.

*Super bowl: final da liga nacional (EUA) de futebol americano (NFL).

domingo, 7 de março de 2010

Diogo Portugal - Hã?!

"viver e não ter a vergonha de ser feliz" - O que é? O que é? (Gonzaguinha)

Hoje, fiz algo diferente. Para mim, o domingo de alguma forma tem que ser engraçado e para que isso aconteça, costumo assistir as Vídeos Cassetadas  no Faustão (a única coisa que presta naquele programa). Mas hoje, como já disse, fiz algo diferente. Algo que me garantiu muitas risadas a mais. Fui ao show do Diogo Portugal.
Comediante que ficou famoso depois de sua aparição no Faustão (assista o vídeo aqui) apresentou um show espetacular. Muito engraçado. Seguindo o estilo de uma comédia "Stand Up" (normalmente sem nenhuma caracterização do comediante ou uso de outros artefatos - somente o humorista e o público), contou piadas dos mais variados temas. "Tirou palha" da cara de todo mundo. Fez com que a platéia o aplaudisse, risse espontaneamente (e muito) de cada piada. Uma das melhores partes: "Joinville?! Conheço Joinville. Cidade legal, bacana. Só que meio gay. Fala sério. Cidade das Flores! - Bem vindo à Joinville, a cidade das flores!" - Muitas risadas! "Tanto que o principal evento da cidade é um Festival de Dança!" - Não precisou de mais nada. A platéia toda rindo, imaginando a cara do infeliz que disse que era de lá. (Nada contra ele, ou os joinvilenses, ou mesmo a cidade - a piada se tornou engraçada (muito) devido a rixa esportiva entre as duas cidades).
Mas é claro que não passamos em branco. "Jaraguá é uma cidade legal. Tem a schützenfest. Só que devia explicar que é em alemão. Porque, a pessoa pode pensar que é em inglês. Shitzenfest - festa da merda. E aí vem a rainha da merda!!" - Muitas risadas. O cara é genial. Contava as piadas dependendo do clima da platéia. Se acontecia algo de interessante no público, lá ia ele, e fazia piada.
Com certeza, um show inesquecível. Os únicos que recebem uma crítica negativa é o pessoal da SCAR. Péssima organização, novamente. Confusão para entrar, demora para abrir as portas do teatro. Ridículo. Alguém, com a estrutura deles, não deviria ter problema algum com a entrada. Já havia acontecido no Festival de Formas Animadas do ano passado e aconteceu novamente esse ano.
Mas, como o Diogo Portugal não tem nada a ver com isso, nota 10 pra ele. E fica a vontade de ir mais vezes, além da promessa dele de voltar para Jaraguá com um espetáculo diferente. Estou na espera!


domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Malwee e o Intocável

"será que vamos conseguir vencer?" - Será (Legião Urbana)

É nessa quarta, dia 03/03/2010 que a Malwee Futsal (Malwee/Cimed) volta às quadras contra o Fortaleza, pela Superliga, que acontecerá em Betim, Minas Gerais. E com a competição se aproximando, meu pai ficou curioso para saber como seria o elenco da Malwee/Cimed depois de tantas confusões, entre elas, o pedido de saída da então "grande" contratação Vander Carioca. Acontece que, olhando o elenco, eis que surge um nome qualquer, vindo de uma cidade de nome tanto quanto curioso. O nome dele é Jonathan e aqui em casa já ganhou um apelido, "Intocável". Não que ele seja um jogador de extrema velocidade e habilidade, que faz com que os adversários não consigam marcá-lo. (Na verdade, eu não sei. Tomara que ele seja). Mas, aqui em casa ele ganhou esse apelido devido à sua cidade natal: Não-me-toque. Sim, é isso mesmo. Não-me-toque é o nome da cidade. Quando meu pai me mostrou, dei risada. Pesquisamos no Google para confirmar a veracidade da informação (já que o site da Malwee Futsal não é lá dos mais confiáveis). E, ela foi confirmada. A cidade de Não-me-toque é localizada no estado do Rio Grande do Sul, na microrregião de Alto Jacuí. E essa cidade de nome incomum é a cidade de um dos novos reforços da Malwee. O "Intocável".
Brincadeiras à parte espero que ele jogue bem. Já que acredito que vamos necessitar de jogadores de qualidade. Em minha opinião, a Malwee deixou a desejar nas contratações para a temporada de 2010. Perdemos jogadores de qualidade no ano passado, e não contratamos ninguém com uma certa reputação que possa nos ajudar.
Daí, depois dessa minha colocação, há quem diga que tínhamos trazido o Vander, mas ele deu pra trás. E, particularmente, não acho que essa desistência tenha sido de todo mal para a Malwee. O Vander sem dúvida, é um jogador de extrema habilidade. Porém não é mais um garoto e, portanto, não é o que a Malwee precisa. A Malwee precisa de gente nova, com velocidade, habilidade, vontade de jogar. De jogadores experientes estamos bem servidos. Lenísio, Falcão, Márcio (que está de volta - outra contratação desnecessária, já que ele tem jogado peca nos últimos tempos), além do Valdin (que agora está de volta - dessa contratação eu gostei. Apesar da idade que começa a pesar para o Valdin, gosto do futsal dele), fazem com que nosso time tenha uma experiência e tanto. Por isso precisamos de jogadores novos, para que possamos equilibrar experiência e juventude. Afinal de contas, se Falcão, Lenísio e um outro vovô (com o perdão da expressão) jogarem juntos, com o Chico ou Leco lá trás para dar uma assistência, teremos um ataque e tanto, mas a nossa defesa ficará desfalcada, já que Lenísio e Falcão não tem um poder de reação, nem velocidade suficiente para se no caso perderem a bola lá na frente, voltarem correndo para impedir o contra-ataque. Por isso digo: O Vander e outros jogadores "experientes", não são a solução para a Malwee nesse momento. Necessitamos de jogadores novos. Talvez, não tão novos, mas que não estejam na casa dos trinta. Sim, temos jogadores como o Lucas, o Dian e o próprio "Intocável". Mas a pergunta é se eles darão conta do recado. Questiono isso porque, ano passado não deram. E a direção da Malwee/Cimed insiste em dizer que eles darão. Tomara.
Não que eu não tenha esperança de que esse time vai dar certo. (O único time no qual eu perdi as esperanças é o Juventus). Só tenho algumas dúvidas. Vale lembrar que o Carlos Barbosa também se reforçou, por isso temos que estar bem preparados. Nosso objetivo não pode ser outro além de conquistar a Liga Futsal. E é nisso que temos que estar focados.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Para um amigo.

"Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração" - Epitáfio (Titãs)

Depois de muito tempo sem postar nada, volto hoje com uma homenagem póstuma a um amigo.


Como já dizia Raul: "Se é de batalhas que se vive a vida". Sim, a vida é feita de batalhas. A cada dia nos deparamos com novas delas. Umas mais difícies, outras nem tanto. A questão é que nem sempre conseguimos vence-las, e infelizmente, elas podem nos tirar a vida, seja a nossa vida ou a de um amigo.
Ontem, 19 de fevereiro de 2010, perdi um amigo que me conhecia desde que nasci. Alguém que já era da família. Melhor amigo do meu pai, da minha mãe, melhor amigo dos melhores amigos de meus pais. Um homem sempre alto astral, de bem com vida. Amigo para todas as horas.
Meu pai o conheceu a mais de vinte anos, trabalhavam juntos na WEG. E, acredito eu que tenha sido assim, de uma relação de companheirismo profissional nasceu uma amizade. Amizade que era sempre fortalecida a cada dia, a cada reunião de amigos, que também trabalhavam na WEG, que hoje também sofrem com sua perda.
Ele, com sua esposa (outra grande amiga) foram padrinhos de casamento de meus pais,  e como já disse antes, e redigo agora, ele era um grande amigo, um irmão para meus pais.
E que outro adjetivo posso eu dar a ele, falando exclusivamente de minha relação com ele, se não um grande amigo. Talvez, um segundo, ou mais um pai. Como me disse seu filho no velório: "É Gui, perdemos um pai."
A dor de perder uma pessoa dessas é enorme. Um sentimento de tristeza nos invade, e confesso, que estou contendo lágrimas enquanto escrevo esse texto. Ainda mais, porque isso foi muito repentino. Há cerca de um mês, ele ainda estava conosco, nas festas. Hoje, descança em paz. Dói, mais ainda quando penso nos planos dos quais ele sempre falava. Daquilo que iria fazer quando se aposentasse, quando completasse trinta anos de WEG. De quando então, ele poderia finalmente ir morar nas praia. Aproveitar o apartamento novo, que ele e sua esposa (minha amiga) compraram na metade do ano passado. Dói quando penso que há exatamente 51 dias, estávamos juntos (ele, sua esposa, meus pais e eu), em seu apartamento, olhando os fogos de ano novo. E como meu pai comentou comigo hoje, e já me havia ocorrido que, nesse mesmo ano novo, nos desejamos felicidades, SAÚDE. E então, me pergunto, que saúde ele teve em 2010? A partir do dia 3 de janeiro desse mesmo ano, um problema com as plaquetas (fragmento da célula do sangue responsável pela coagluação do sangue) fez com que ele fosse para o hospoital. Melhor, ele voltou para sua rotina. Mas o problema retornou e outros apareceram. Há mais ou menos uma semana e meia, quase duas para ser mais preciso, ele foi internado em Joinville, por estar muito fraco. Lá, no hospital, comemorou vinte anos de casado. Lá, nesse mesmo dia, foi tirada a última foto dele vivo (foto que estava na cabeceira de seu caixão no velório) ainda nesse mesmo dia ele foi as pressas para a sala de cirúrgia devido à uma apendicite aguda. Depois disso, não acordou mais. Quando os médicos fizeram a cirúrgia, o apêndice já havia estourado, causando uma  infecção generalizada e o levando para a UTI, onde ficou em coma induzido. Digo que ele lutou bravamente, durante uma semana, passando por mais uma cirúrgia e uma hemodiálise. Mas, as 10 horas da manhã de ontem (dia 19), ele infelizmente faleceu. O que é mais revoltante, é que ele tinha apenas 54 anos de vida.
O velório, para mim, com toda a certeza foi a parte mais dífícil. Ver ele no caixão, pálido, vinte quilos mais magro, com os dedos entrelaçados e a boca costurada. As mãos frias. Sua esposa, seusa familiares, meus pais, nossos amigos, meus avós, chorando. Não me contive. O homem que dizia que viveria 149 anos, ainda que todos soubessem que fosse brincadeira, estava alí, morto. Foram-se os dias em que houviamos sua voz, suas piadas, os dias em que íamos na sua casa e deliciávamos um suculenta picanha, ou uma saborosa costela, que ele fizia com uma facilidade impresionante. Foram-se os dias em que íamos para a praia e encontrariamos ele lá. Hoje, depois de voltar de Balneário Camburiú, onde ele foi cremado (como era sua vontade, para que assim suas cinzas fossem jogadas ao mar), fomos à Gravatá. Praia em que ele tinha casa, onde agora, há cerca de alguns meses, também compramos um apartamento. Não foi a mesma coisa. Não será mais. Saber que estamos indo para lá e saber que não nos encontraremos mais com ele, deixa uma sensação de vazio.
O que me agrada, ao menos, é saber que passamos momentos juntos inequecíveis, e agora mesmo, enquanto olhava as fotos de uma viagem nossa à Itá, senti como se ele tivesse morrido, e sim, como se ele estivesse apenas, longe viajando, como se levaria apenas um tempo para ve-lo novamente aqui em casa. Talvez seja porque a ficha não caiu. É muito difícil pensar que ele está morto, quando penso que a pouco tempo ele ainda estava aqui.
Mas a verdade, por mais dura que seja, é que perdi um amigo, sim, um amigo, um dos melhores. E que se dane a direrença de idade para qualquer que possa pensar que não éramos amigos. A idade, para essas coisas, é só um número. Insignificante.
Essa é minha pequena homenagem pessoal, a um grande amigo. Que se foi, mas nunca será esquecido.

Do Guilherme à quem carinhosamente eu chamava de Chio. (Xiu).