quarta-feira, 28 de julho de 2010

Máfia Italiana

"Um dia me disseram; Quem eram os donos da situação" - Somos Quem Podemos Ser (Engenheiros do Hawaii)


"Uma vez ouvi que a história se repete. Que ela anda como uma roda. Para frente, sempre. Porém rodando sobre o próprio eixo. Essa semana vi que isso era certo."


Essa semana tem sido agitada no mundo do esporte. Convocação da Seleção Brasileira de Mano (para mais um amistoso sem finalidade alguma a não ser ganhar dinheiro), Brasil ênea campeão de Liga Mundial de Vôlei, contratações por parte do Flamengo, contratações por parte do Fluminense, reportagens e conversas com Zico sobre o Caso (agora já uma novela) Bruno, jogos decisivos pela Libertadores e pela Copa do Brasil (isso daqui a pouco) e por aí vai. Agora, um dos fatos de maior relevância não só no cenário esportivo nacional, mas como também no mundial, foi a ultrapassagem de Fernando Alonso em Felipe Massa na Fórmula 1.
Para muito brasileiro isso nada mais foi do que uma reprise de uma cena de alguns anos atrás. De 2002 para ser mais exato. Para aqueles não acompanham muito a Fórmula 1 ou esta semana passou longe de qualquer jornal esportivo, o resumo do que aconteceu neste domingo.
Era 25 de julho de 2010, GP da Alemanha. Felipe Massa, piloto brasileiro da Ferrari liderava a prova. Logo atrás vinha o espanhol Fernando Alonso, também da Ferrari e com chances mais claras de título do que Felipe. Alonso vinha mais rápido e isso é fato. É desnecessário falar que a vitória seria de muita ajuda a Fernando Alonso. Apesar de mais rápido, era pouco provável que Alonso conseguisse passar Felipe. Isso porque chegar é uma coisa e ultrapassar algo completamente diferente e mais complicado. Os engenheiros, estrategistas, chefes (chame do que quiseres) da Ferrari perceberam isso (e como não perceberiam?). O que fizeram? Mandaram Felipe Massa diminuir e dar passagem a seu companheiro de equipe Fernando Alonso, garantindo praticamente a vitória do mesmo. E o que Felipe fez? Obedeceu. Assim, o espanhol Fernando Alonso ultrapassou o brasileiro Felipe Massa na 49ª volta, terminando em primeiro lugar e Felipe amargando o segundo lugar mais alto (nesse caso mais baixo) do pódio.
Foi o necessário para deixar os brasileiros, fanáticos por Fórmula 1 (que apesar de que não com a mesma intensidade do futebol), loucos de raiva. Os xingamentos país a fora devem ter sido dos mais elaborados. E tudo isso devido a uma imensa sacanagem e falta de esportividade da Ferrari e por trazer uma lembrança muito desagradável a todos. Essa não é a primeira vez que a Ferrari apronta pra cima dos brasileiros. Em 2002 a mesma história aconteceu com o brasileiro Rubens Barrichello, o Rubinho.
O ano era o de 2002 (como já dito acima), o GP era da Áustria. Milagrosamente Rubens Barrichello havia liderado todos os treinos da semana e liderava a corrida também. O Alemão (Michael Schumacher) não havia conseguido ultrapassar Rubinho, disputava o título e o segundo lugar é claro que não era a posição esperada (nem por ele e nem pelos chefes de equipe). O que aconteceu? Mandaram o Rubinho parar e deixar o Schumacher passar. Rubinho que havia sido absoluto a corrida inteira obedeceu a ordem e diminuiu. A indignação dos brasileiros foi total. A de Rubinho também. E para mostrar ao mundo o que estava acontecendo, deixou o momento da ultrapassagem para a última volta, na reta final. Para que assim não houvesse dúvidas de que o resultado havia sido alterado por mando da Ferrari.
Depois disso a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) criou uma regra proibindo a que as equipes interferissem nos resultados das corridas. Mas, como se foi visto no último domingo,a regra não impediu que a mesma situação se repetisse. Oito anos depois a Ferrari faz o mesmo jogo sujo. Dessa vez é claro, foi multada em 100 mil dólares e haverá um julgamento no dia 10 de setembro, para julgar se as posições finais do GP serão validadas ou não. E só para gerar mais polêmica, há pressão dentro da própria FIA para que as equipes possam voltar a dar ordens aos pilotos durante as corridas. Coincidentemente, essa ideia é apoiada por Schumacher (que se beneficiou do poder que as equipes tinham) e é defendida pelo vice-presidente da FIA, o espanhol e presidente da Federação Espanhola de Automobilismo, Carlos Garcia.
Agora, alguns podem estar se perguntando: Se a "manobra" era de caráter ilegal, por que o Felipe concordou em executá-la?

Segunda-feira estava assistindo o Bem Amigos! (programa esportivo do Sportv) e o primeiro bloco foi voltado somente à discussão desse caso polêmico da Fórmula 1. O que não faltou foi críticas ao Felipe Massa por ter obedecido a tal ordem. Diziam alguns comentaristas que o Massa devia ter é acelerado, continuado a corrida, e dito que se alguém quer ser campeão, que seja na pista! - Um belo pensamento utópico, idealista, de um brasileiro que fala com o coração indignado. Acontece que não é bem assim.
A Fórmula 1 é um esporte milionário, investimentos cada vez mais altos são realizados em tecnologia e escambal. E o que se espera em troca? Além de um alto nível de publicidade, títulos. Títulos e mais títulos. Coisa que as equipes grandes como Ferrari e McLaren ficaram longe de ganhar ano passado. O que acontece então? Querem ganhar esse ano. Se o Massa não tivesse desacelerado, o Alonso não venceria a corrida e começaria a ficar muito atrás na tabela. Ou seja: A principal chance de título da Ferarri começaria a se esvair. Os chefes de equipe ficariam pra lá de fulos com a atitude de Felipe e se quisessem o colocariam para fora. (Mesma situação pela qual Massa passou em 2002, dessa vez na Sauber). Daí os comentaristas tiveram a genialidade de dizer que mesmo fora da Ferrari, "Felipe não passaria fome. Conseguiria vaga sem muito esforço em outra equipe". Até aí tudo bem. Mas então eu pergunto: Qual equipe? - Muito dificilmente seria em uma equipe ao nível da Ferrari, que está na disputa por títulos todos os anos.
Concordo com o Noronha quando ele diz que o Felipe fez bem em seguir a ordem. Apesar de dizer que não era obrigado a ceder a posição e que fez isso pelo bem da equipe, nada impede e ninguém garante que caso ele não tomasse tal atitude, ele poderia ter sido demitido. Foi falta de esportividade por parte da Ferrari? Foi. Sem dúvida nenhuma. Não há motivos para a Ferrari tomar partido de algum piloto. Senna tinha como maior adversário Alain Prost, seu companheiro de equipe na McLaren. Os dois eram excelentes pilotos e sempre corriam nas duas primeiras colocações. A McLaren sempre se mostrou imparcial quanto a isso. E nem por isso deixou de ganhar títulos, muito pelo contrário. Isso sem citar o espetáculo que eram as  corridas.
Volto a dizer que o Massa pensou grande. Visou o seu futuro. Pode ter perdido essa corrida. Mas manteve a chance de ganhar tantas outras. E se deixando o Alonso passar, o Felipe confirmou que seria o segundo piloto da Ferarri, tudo bem. Desde quando segundo piloto não ganha corrida?

Também não posso deixar de citar a cara de pau de Fernando Alonso. Talvez hoje o maior Dick Vigarista da F1. Dizer que não sabia o que estava acontecendo com o Felipe e que pensou ser um problema de câmbio? Tenha santa paciência. Ninguém aqui é ignorante!

O que nos resta agora, é esperar que a FIA julgue o caso corretamente e retire os pontos de Alonso e Ferrari. E que tamanha trapaça não ocorra novamente.


Cena da ultrapassagem


terça-feira, 20 de julho de 2010

Um vídeo, uma opinião.

"Que você come, bebe, fuma, compra, veste, usa?" - Cuidado (Barão Vermelho)


Não sei como começar esse post, mas já vou avisando que vou postar sobre um assunto um tanto quanto polêmico, os Cigarros.
Para falar sobre isso, encontrei um vídeo na internet que expressa em parte minha opinião sobre o assunto. (Na verdade, foi depois de assistir esse vídeo que pensei em escrever algo sobre o assunto). Em minha humilde opinião, considero o vídeo a melhor propaganda já feita sobre o assunto, direcionada para os jovens. Já vou adiantando que o vídeo não vai ser do agrado (ao menos, eu acho) de pessoas que se incomodam de ouvir palavrões e afins. Mas, para mim, é isso que o faz com que o vídeo se torne atrativo de certa forma e não aquela coisa monótona e sem graça de muitas propagandas contra o tabagismo.
Quero dizer também e ressaltar que: Não considero ninguém idiota ou qualquer coisa do gênero por fumar. Não é pelo fato de alguém fumar que deixo de manter relações com pessoal devido a esse hábito. Afinal, não sou pai de marmanjo nenhum. Apenas considero esse costume lamentável e achei esse vídeo uma forma interessante e diferente de mostrar minha opinião e de incentivar os leitores desse blog (apesar de poucos) a não adquirir tal hábito. E no mais, ninguém precisa concordar comigo, ou discordar. Podem até me tentar convencer do contrário, por que não? Como já dizia Raul: "Eu quero dizer; Agora o oposto do que eu disse antes; Eu prefiro ser; Essa metamorfose ambulante; Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."  Somente o que peço é que respeitem minha opinião.



 

sexta-feira, 2 de julho de 2010

De novo nas quartas.

"Não sei por que eu fui dizer bye bye" - A dois passos do paraíso (Blitz)

Cara, as copas costumavam ser mais legais até 2002, quando o Brasil sempre chegava na final. Sentia muito orgulho em falar que desde que eu nasci (1994) o Brasil esteve em todas as finais, ganhando 2 das 3 disputadas. Doce ilusão. Daí chega 2006, e tchau copa, logo nas quartas. E agora, em 2010, mesma história. Tchau copa, nas quartas.
Bem que eu falei que o Brasil não ia passar das quartas. Não só eu, mas como a grande maioria da população torcedora brasileira não acreditava no título do Brasil esse ano. Aquela velha história de que não tínhamos elenco bom o suficiente, de que não ganharíamos essa pra ganhar a copa de 2014 no Brasil, e por aí vai. Mas todas essas previsões cheias de razão, dados técnicos e escambal, de nada valem e são esquecidos quando a seleção entra em campo. Quando a seleção entra em campo é outra história. Vestimos a camisa, e fodam-se as previsões e estatísticas. Somos tomados pela emoção e esperança. Gritamos a cada gol, a cada lance. E dessa emoção, vem tamanha decepção quando perdemos, mesmo "já sabendo" que isso iria acontecer. Porque na verdade, o que queríamos, era queimar a língua (não literalmente é claro). Queríamos gritar "é hexa!" ainda esse ano. Afinal, no futebol, valor nenhum tem as estatísticas.
O jogo, começou com o Brasil no ataque, pressionando, fazendo dois gols até os dez minutos, um deles, anulado. Deu a impressão de que o jogo seria nosso. E foi, no primeiro tempo. Já no segundo, o Brasil desapareceu. Provavelmente, podemos contar nos dedos as vezes que ouvimos o nome do Robinho e do Luís Fabiano no segundo período. E o Dunga, o que fez quanto a isso? Nada. Nem quando o Brasil tomou o gol de empate ele mexeu no time. E quando o Brasil tomou a virada? Nada. Só depois de preciosos minutos ele faz a substituição. E o Felipe Melo? Ele e seu futebol arte: Arte-marcial (como disse o Gabriel, meu amigo). Depois de um belo passe para o gol de Robinho (isso no primeiro tempo), ele começa com aquela mania de bater até na própria sombra. Resultado: expulso. Piorando a situação do Brasil de voltar à frente do placar.
Talvez seja errado culpar o Dunga, talvez isso seja algo meio medíocre. Simplesmente jogar a culpa no técnico. Mas acontece que ele é o único que tem o poder de alterar o jeito de jogar do time em campo. E ele nada fez para que mudasse. Até fez. Só que tarde.
Agora, o sonho do Hexa fica pra 2014, dessa vez no Brasil, e ganhar essa copa será mais do que uma obrigação. E que não venhamos a perder nas quartas, nem na semi e nem na final como em 1950. Que venhamos a ficar a dois passos do paraíso, a dois passos do Hexa.
E que as benditas "vuvuzelas", ou as tradicionais cornetas, e buzinas não sejam tão utilizadas em 2014 como estão sendo utilizadas esse ano. Ouvir pela TV, até vai. Agora, no shopping, com umas 100 juntas, não dá. Até é legal ir ao shopping assistir jogo com a galera, comemorar os gols juntos, com os amigos, coisa e tal. Mas as benditas vuvuzelas e buzinas dão uma baita dor de cabeça.