sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Uma novela chamada Juventus

"esse imóvel está pra alugar"  - Aluga-se (Raul Seixas)

Ao que tudo indica, 2011 será um ano a ser esquecido em Jaraguá do Sul em relação aos esportes. No primeiro ano sem a multi-campeã Malwee Futsal, o Grêmio Esportivo Juventus corre o risco de não disputar a série B do catarinense (também conhecida como Divisão Especial), devido às dívidas e à falta de patrocínio.
Em entrevista publicada ao Jornal AN Jaraguá, do dia 14 de janeiro de 2011, o presidente do clube, Ildo Vargas, expôs a situação financeira complicada pela qual o clube passa além de anunciar que seu cargo está à disposição e que só não deixou a presidência porque não há ninguém disposto a assumir. Segundo o presidente, o clube tem cerca de 1 milhão e 600 mil reais de dívidas, e não ninguém disposto a patrocinar o clube, colocando o Juventus numa situação complicada uma vez que não consegue dinheiro para contratar novos reforços para o campeonato que começa em maio deste ano.
Os problemas no Juventus não começaram este ano. Depois do campeonato Catarinense de 2007, quando o moleque travesso deixou escapar a vaga inédita para a Copa do Brasil, o clube teve um péssimo desempenho em 2008 e acabou sendo rebaixado para a Divisão Especial. No mesmo ano, o clube tomou uma das atitudes mais desesperadas de sua história, e a mais polêmica, ao "pegar emprestado" os jogadores do Joinville Esporte Clube, o seu maior rival, para disputar a Divisão Especial, sem obter sucesso no campeonato.
Em 2009, novamente com problemas para formar o elenco, Falcão, então jogador da Malwee, fez uma parceria com o tricolor jaraguaense. A parceria fez com que um bom elenco se formasse novamente e levou o time a primeira divisão do Catarinense. Porém, a parceria não durou muito. Ainda antes do campeonato Catarinense de 2010, a parceria foi desfeita. Segundo o jogador Falcão, dívidas antigas do clube estavam sendo cobradas dele, o que deixou a contrato com o Juventus insustentável.
Com o fim da parceria, o Juventus foi rebaixado em 2010, levando-nos a situação atual.
Não é de se espantar que mesmo em Jaraguá do Sul, cidade de grandes indústrias e empresários, não haja ninguém disposto para assumir o clube. O simples fato para que isso aconteça é que não rentável.
Para salvar o clube do fundo do posso, o presidente Ildo Vargas possuí uma última carta na manga: A municipalização do estádio João Marcatto. O projeto tem como ideia de que o clube passe a administração do estádio para a prefeitura em troca do pagamento de dívidas. Além disso, a prefeitura cederia o espaço do estádio ao clube pelos próximos 30 anos. O projeto, que ainda não foi votado na câmara de vereadores, já gera muita polêmica. Há aqueles que não acreditam na viabilidade do projeto, afirmam que isso não traria benefícios à população e que tal dinheiro deveria ser destinado a outros projetos. Enquanto que há quem afirme que transformar o estádio em uma área de lazer a população ofereceria mais qualidade de vida.
Acredito que a parceria com a prefeitura não funcionaria ou funcionará. Uma vez que não acredito na qualidade de administração pública de um clube desportivo. Para mim, a dissolução do clube é a melhor saída. De nada adianta fazer acordos e mais acordos para manter um clube falido e sem condições de conquistar um título. A solução mais plausível, em minha opinião, é o fechamento do clube por alguns anos, para que a situação possa ser resolvida com calma. Ou ainda, a formação de um novo clube futebolístico, sem qualquer relação com o Juventus ou com a ADJ e principalmente, sem ligação com qualquer órgão governamental.
 De nada adianta termos um clube com alguma história e não ganharmos mais títulos. 

Para ver a reportagem completa do Jornal AN Jaraguá sobre o Juventus, siga os links:


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